sábado, 30 de janeiro de 2010

RESTRIÇÃO DE MOVIMENTOS - E6N

A restrição é um procedimento utilizado para limitar os movimentos do paciente a fim de protegê-lo das quedas, bem como para a manutenção de sondas, coletores, curativos, soros ou ainda para a execução de alguns exames ou tratamentos.
Material para executar a técnica: lençol, esparadrapo, ataduras de crepe, tala acolchoada e algodão ortopédico ou compressas.
 Procedimentos para restrição de movimentos
a. Lave as mãos.
b. Verifique o tratamento a ser realizado e providencie o material para restrição.
c. Explique o procedimento ao paciente.
Restrição com lençol
a. Dobre o lençol em diagonal até formar uma faixa.
b. Coloque o lençol sobre a região torácica, mantendo-o bem esticado, sem dobras.
c. Passe as extremidades do lençol sob as axilas.
d. Prenda as pontas do lençol nas grades da cabeceira da cama.
e. Dobre outro lençol em diagonal, também formando uma faixa.
f. Coloque o lençol sobre a região abdominal e amarre as pontas ao estrado da cama.
Restrição dos joelhos
Com o lençol dobrado em diagonal, passe a ponta do lado direito sobre o joelho direito e por baixo do esquerdo; a ponta do lado esquerdo sobre o joelho esquerdo e por baixo do joelho direito; amarre as pontas no estrado da cama.
Restrição com ataduras
a. Dobre a atadura de crepe em forma de oito.
b. Superponha as duas laçadas e junte as pontas.
c. Proteja a região do membro a ser restringido com a compressa ou algodão ortopédico.
d. Adapte a atadura de crepe dobrada em oito sobre a compressa ou algodão no membro e ajuste para que não fique frouxa nem garroteie o membro.
e. Torça as duas extremidades da atadura, junte-as e amare-as na lateral do estrado da cama sem tracionar.
Restrição com talas
a. Coloque a tala acolchoada sob o membro a ser imobilizado.
b. Proteja a pele com gaze, fixe o membro à tala com esparadrapo e esta no leito, se necessário.
c. Retire a restrição logo que o tratamento terminar.
d. Massageie o membro, fazendo movimentos lentos de flexão e extensão das articulações que permanecerem imobilizadas.
e. Deixe o paciente confortável.
f. Retire o material.
g. Lave as mãos.
h. Anote o tipo de restrição feita ou a retirada e as reações do paciente.
Observações importantes
• A restrição só deverá ser utilizada em casos de extrema necessidade;
•Mantenha vigilância constante do local restringido, refazendo o procedimento se houver cianose, edema, queixas de dor ou formigamento;
• Nunca restringir os membros sem restringir o abdome;
• Não apertar demasiadamente a faixa;
• Se o paciente permanecer o dia todo contido, reservar alguns períodos para realizar higiene com água e sabão e massagem do membro restrito;
• as restrições deverão ser feitas com cuidado para evitar complicações.

AUXÍLIO À DEAMBULAÇÃO - E6N

Deambulação significa colocar o paciente acamado em pé para andar ou passear; deve ser estimulada logo que seja clinicamente possível, mesmo que alguns pacientes precisem carregar consigo o suporte de soro, frascos de drenagem etc.
Cuidados ao iniciar a deambulação
a. Antes de o paciente começar a andar é necessário observar sinais de fadiga, mal-estar e tontura.
b. Eleve primeiro a cabeceira do leito, coloque o paciente sentado na beira da cama e observe se ele mantém o tronco em equilíbrio.
c. Uma vez tendo apresentado condições adequadas para deambular, é recomendável calçar sapatos, ao invés de chinelos, pois dão maior firmeza aos pés.

TRANSPORTE DO PACIENTE
O transporte acontece quando o paciente precisa ser levado para exames ou cirurgias ou para minorar os efeitos da falta de movimentação e de mudanças de decúbito.
A definição do número de pessoas necessárias para a passagem do paciente da cama para a cadeira de rodas ou para a maca e vice-versa dependerá do grau de dependência e do peso desse paciente.
Material para executar a técnica: cadeira de rodas, cobertor (se necessário), travesseiro, roupão, lençol e chinelo.
Procedimentos para o transporte de pacientes acamados
a. Verifique qual o meio de transporte a ser usado e o grau de dependência do paciente e solicite ajuda de terceiros, se necessário.
b. Lave as mãos e leve o material para junto do paciente.
c. Verifique se o paciente está devidamente protegido com pijama ou camisola.
d. Dobre em leque a colcha e o cobertor nos pés da cama.

Passagem do paciente para a cadeira de rodas
a. Forre a cadeira com um lençol em diagonal.
b. Coloque a cadeira aos pés da cama com o assento voltado para a mesa de cabeceira, afaste o descanso dos pés e trave as rodas.
c. Eleve a cabeceira da cama e ajude o paciente a vestir o roupão.
d. Coloque o paciente sentado na beira da cama com a seguinte manobra: coloque um dos braços sob os ombros do paciente, o outro sob as coxas e faça um movimento de rotação de modo que as pernas do paciente fiquem para fora da cama.
e. Calce os chinelos no paciente e aproxime a escadinha.
f. Apóie o paciente enquanto ele desce os pés até o chão.
g. Sustente-o pelos ombros com firmeza e faça a rotação do corpo, sentando-o na cadeira.
h. Cubra o paciente com o lençol, envolvendo pernas e pés.
i. Ajuste o travesseiro nas costas, se necessário.
j. Realizada a movimentação passiva ou ativa ou o transporte, o paciente deverá ser recolocado na cama, observando-se os mesmos cuidados.

Passagem do paciente para a maca
a. Forre o colchonete da maca com lençol.
b. Oriente o paciente sobre o procedimento.
c. Posicione o paciente no lado proximal do leito.
d. Encoste a maca paralela ao leito e trave as rodas.
e. Mude o paciente do leito para a maca com movimentos firmes e suaves com a ajuda de terceiros: o primeiro operador sustenta a cabeça com um braço e as costas com o outro; o segundo sustenta as nádegas com um braço e as coxas com o outro; o terceiro sustenta as pernas e os pés.
f. A um comando, os três operadores suspendem e movimentam o paciente em direção à maca.
g. Cubra o paciente com lençol e cobertor, de acordo com a temperatura do ambiente.
h. Eleve a cabeceira da maca se não houver contra-indicação e proceda ao transporte.
i. Observe os mesmos cuidados para recolocar o paciente no leito.
j. Deixe o paciente confortável e retire o material.

Passagem do paciente para a maca com auxílio de lençol móvel
a. Forre o colchonete da maca com lençol.
b. Oriente o paciente sobre o procedimento.
c. Encoste a maca paralela ao leito e trave as rodas.
d. Solte o lençol móvel e enrole as pontas bem próximas ao paciente.
e. Disponha os operadores na seguinte posição: dois ao lado da cama, um apoiando a cabeça e segurando o lençol móvel e outro segurando o lençol móvel e as pernas.
f. Realizada a movimentação passiva ou ativa ou o transporte, o paciente deverá ser recolocado na cama, observando-se os mesmos cuidados e os operadores ao lado da maca, segurando o lençol móvel.
g. A um comando, os quatro operadores suspendem e movimentam o paciente em direção à maca.
h. Cubra o paciente com lençol e cobertor, de acordo com a temperatura do ambiente.
i. Eleve a cabeceira da maca se não houver contra-indicação e proceda ao transporte.
j. Anote a hora da saída e o destino; ao retornar, anote a hora da chegada, exame realizado e intercorrências.
Observações importantes
• Verifique sinais de fadiga, tontura e mal-estar; espere que o paciente se refaça antes de prosseguir;
• Verifique a presença de drenos, cateteres e sondas, evitando acotovelamento e desconexão das tubuladuras;
• Verifique se há infusão venosa;
• Pacientes inconscientes, confusos e agitados deverão ser transportados em macas com grades e restringidos, se necessário;
• Tome cuidado para que nenhum membro fique para fora da maca;
• Se houver necessidade de restringir o paciente na cadeira de rodas, passe o lençol sobre o abdome, atando-o na parte posterior da cadeira;
• Evite movimentos bruscos;
• Observe o paciente durante o transporte.

MOVIMENTAÇÃO E MUDANÇA DE DECÚBITO - E6N

É o processo de movimentar e mudar o decúbito do paciente com limitações físicas, para descompressão de área sob proeminências ósseas, prevenção de fadiga, manutenção do tônus muscular e prevenção de complicações pulmonares.
Tem como finalidades: prevenir contraturas musculares e deformidades; estimular a circulação, ajudando a prevenir tromba flebites, úlceras de pressão e edema de extremidades; promover a expansão pulmonar e a drenagem das secreções respiratórias, prevenindo complicações; aliviar a pressão sobre uma área corporal; prevenção de fadiga.
Material para executar a técnica: travesseiros e coxins.
Procedimentos para movimentação e mudança de decúbito em pacientes acamados
a. Verifique a necessidade e a freqüência da movimentação.
b. Oriente o paciente quanto á movimentação e à importância de sua participação ativa e passiva.
c. Lave as mãos e reúna o número de travesseiros e coxins que forem necessários.
d. Coloque o paciente em posição horizontal, se ele tolerar.
e. A movimentação do paciente, de preferência com o auxílio de outra pessoa, poderá ser realizada para cabeceira, lateral da cama ou decúbito lateral.
f. Cabeceira:
• Flexione os joelhos do paciente;
• Coloque um braço sob os ombros, apoiando a cabeça, e o outro sob a região lombar;
• A um comando, ambos os operadores suspendem e movimentam o paciente em direção à cabeceira.
Lateral da cama:
• Flexione os joelhos do paciente;
• Coloque um braço sob os ombros, apoiando a cabeça, e traga o tórax do paciente para o lado proximal da cama;
• Coloque um braço sob a região lombar e outro sob os quadris e traga a parte inferior do corpo para o lado proximal da cama;
• Posicione corretamente os membros inferiores e os pés.
Decúbito lateral D (direito) ou lateral E (esquerdo):
• Coloque o paciente em um dos lados da cama em decúbito dorsal. O operador deve colocar-se ao lado da cama para o qual o paciente será virado. Flexione os joelhos do paciente e coloque o distal sobre o tronco.
• Segure no ombro e no quadril distal do paciente, role-o sobre si para o centro da cama em direção ao operador;
a. Apóie as costas com os travesseiros ou coxins. Posicione as pernas, estendendo a de baixo e flexionando a de cima e apoiando-as sobre a cama. Se o paciente permanecer nessa posição, colocar um travesseiro de apoio entre os joelhos.
b. Apóie os braços, os pés e as articulações em travesseiros ou coxins em uma posição anatômica e que ofereça mais conforto.
c. Ajuste as cobertas e deixe o paciente confortável.
d. Deixe sempre a unidade em ordem.
e. Anote o procedimento realizado e as observações.
Movimentação do paciente em decúbito dorsal
a. Mantenha a cabeça alinhada com a coluna vertebral, utilizando um travesseiro sobre a cabeça e o pescoço.
b. Estenda discretamente os membros superiores no nível dos cotovelos.
c. Flexione os membros inferiores, colocando um lençol sob os joelhos com um aro de borracha na região sacra.
d. Mantenha os calcanhares livres, colocando um lençol sob as pernas e um suporte na região plantar.
e. Previna o pé eqüino, colocando um suporte de maneira a manter os pés em ângulo de 90º com a perna.
f. Vire o paciente em decúbito lateral com auxílio do lençol móvel.
g. Solte o lençol móvel de um lado.
h. Coloque o paciente um pouco mais para a beira do leito, no lado oposto ao que se vai virá-lo.
i. Cruze a perna do paciente para o lado que se quer virar.
j. Pegue o lençol móvel, enrole e puxe devagar para cima, até o paciente ficar virado de lado.
k. Coloque um travesseiro entre as pernas, um para apoiar o dorso e outro no abdome.
l. Deixe o paciente confortável e o ambiente em ordem.
Movimentação do paciente em Decúbito Ventral
a. É preciso, primeiro, colocá-lo em decúbito lateral e, a seguir, colocar uma das mãos no ombro e a outra na região coxofemoral, para auxiliar o paciente a ficar na posição adequada.
b. Coloque travesseiros sob as pernas, o peito e o abdome, deixando o ambiente confortável.
Observações Importantes
• Trabalhe com movimentos firmes e seguros, utilizando a mão toda e não somente as pontas dos dedos;
• Tenha as mãos sempre secas e quentes;
• Nunca movimente sozinho um paciente obeso ou com dependência total;
• Use sempre a mecânica corporal;
• Faça movimentos sincronizados quando há dois ou mais operadores;
• Respeite as limitações do paciente;
• Mantenha a privacidade do paciente;
• Preste atenção quando o paciente estiver com infusão venosa.
Para drenos, sondas e outros aparelhos não sejam dobrados ou retirados em movimentos bruscos, planeje o movimento antes de escutá-lo.

 Movimentação Ativa e Passiva
A movimentação ativa é quando o paciente participa gastando energia e fazendo esforço para exercitar seus músculos ativamente. Esse trabalho promove o aumento da força e do tônus muscular, melhorando também a mobilidade das articulações e favorecendo o bom funcionamento intestinal.
Na movimentação passiva não ocorre a participação do paciente: outra pessoa realiza os movimentos por ele, com o objetivo de melhorar a circulação sanguínea, aumentando assim a oferta de nutrientes e de oxigênio dos tecidos, prevenindo a formação de úlceras de pressão, evitando contraturas musculares etc.
A permanência no leito por tempo prolongado acarreta uma série de complicações, como: deformidades, atrofia muscular, complicações pulmonares e circulatórias. O tipo, a quantidade e a freqüência da movimentação passiva devem ser corretamente planejados.
Tipos de movimentos utilizados:
• Abdução: realizado para fora do eixo central do corpo;
• Adução: realizado em direção ao eixo central do corpo;
• Flexão: curvar ou dobrar;
• Extensão: estender ou esticar;
• Rotação: girar, num movimento circular, em torno de um eixo fixo;
• Pronação: virar para baixo em direção ao chão;
• Supinação: virar para cima.
Estes movimentos devem ser realizados nas principais articulações dos membros superiores e inferiores: antebraços, mãos, dedos das mãos, joelhos, cotovelos, coxas, pés, dedos dos pés e tornozelos.
O grau de movimento que as pessoas podem tolerar varia consideravelmente; portanto, deve-se evitar a fadiga e a dor durante os exercícios. As articulações devem ser exercitadas até o seu limite de movimento, evitando-se forçá-las quando há resistência ou queixa de dor.

MEDIDAS DE CONFORTO E SEGURANÇA DO PACIENTE - E6N

O conforto e a segurança constituem-se também em uma das necessidades básicas do ser humano e podem manifestar-se pela necessidade de proteção diante de perigos físicos, ameaças psicológicas e dor.
A enfermagem tem um papel importante durante a hospitalização do paciente para promover ou proporcionar conforto e segurança necessários diante dos riscos que ele poderá sofrer de sua vulnerabilidade física e psicológica ocasionada pela enfermidade.
Massagem de Conforto
É a manipulação sistemática dos tecidos do corpo, geralmente feita na região dorsal, para estimular a circulação, proporcionar relaxamento muscular, conforto e bem-estar e prevenir úlceras de pressão.
Os movimentos básicos que devem ser observados durante a massagem são: deslizamento leve e pesado, amassamento e fricção.
Essas manobras geralmente são feitas durante a higienização do paciente ou em mudanças de decúbito programadas.
Procedimentos para aplicação de massagem de conforto
a. Providencie o material necessário: toalha de banho e creme hidratante.
b. Verifique o produto a ser utilizado.
c. Lave as mãos e reúna o material.
d. Informe o paciente sobre o procedimento a ser realizado.
e. Abaixe a cabeceira da cama e coloque o paciente em decúbito lateral D (direito), E (esquerdo) ou ventral.
f. Sobre o pijama ou a camisola, descobrindo as costas até as nádegas.
g. Disponha a toalha no sentido longitudinal junto ao paciente, protegendo a cama.
h. Coloque pequena quantidade de creme na palma de uma mão e espalhe, friccionando uma mão na outra.
i. Inicie o deslizamento, iniciando das nádegas junto à coluna vertebral aos ombros até os deltóides, retornando pela superfície lateral.
j. Repita esses movimentos nesta seqüência: três deslizamentos leves, três deslizamentos pesados e mais três leves.
k. Inicie o amassamento na parte superior das nádegas, junto à coluna vertebral, procurando comprimir e descomprimir os músculos ritmicamente até o pescoço. Deslize as mãos comprimindo os músculos, pela superfície lateral.
l. Repita o amassamento do outro lado.
m. Mantenha sempre as mãos sobre a pele do paciente e faça três deslizamentos leves.
n. Una os dedos e realize movimentos conjuntos de fricção nas proeminências de cada vértebra, cintura escápulo-umeral, nuca e área de incisão do couro cabeludo, costelas e crista ilíaca.
o. Recomponha a camisola ou o pijama e retire a toalha.
p. Coloque o paciente em posição confortável.
q. Anote o procedimento realizado com observações quanto ao aspecto da pele e intercorrências.
Observações importantes
• Observe com atenção as condições da pele nas regiões escapular, ilíaca e sacrococcígea;
• Antes de prosseguir, comunicar se houver eritema, edema, flictema ou solução de continuidade;
• Executar movimentos contínuos, longos e circulares e exercer pressão firme nos deslizamentos pesados e suaves nos deslizamentos leves.
PREVENÇÃO DE ÚLCERA DE PRESSÃO
Úlceras de pressão são áreas de tecido necrótico, causadas por uma interferência na circulação da parte pressionada.
A causa direta é a compressão da área corporal sobre a superfície do colchão, cadeira, aparelho de gesso etc., que pode reduzir o fluxo sanguíneo, prejudicando a nutrição e a oxigenação da área. Elas se formam com facilidade no paciente acamado e que não se movimenta.
As úlceras de pressão são quase sempre maiores que a superfície demonstrada, ou seja, muitas vezes o processo de necrose interna é maior que o visualizado externamente.
Sinais de uma úlcera de pressão
A úlcera de pressão começa com uma vermelhidão local, que evolui para inchaço com rubor e calor, adquirindo coloração arroxeada e que, posteriormente, na forma uma ulceração.
As áreas de maior incidência são as que apresentam saliências ósseas, onde não há um suprimento abundante de sangue para nutrir as partes, e aquelas em que a camada de tecido subcutâneo está muito fina e conseqüentemente, a pele fica sem a devida proteção. Das áreas mais vulneráveis, citamos como exemplos: cóccix, quadris, joelhos, tornozelos, nuca, orelhas e calcâneo.
Fatores que contribuem para a formação de úlceras de pressão:
• Emagrecimento;
• Desnutrição.
• Anemia;
• Paralisia;
• Idade avançada;
• Falta de limpeza;
• Solução de continuidade da pele;
• Obesidade;
• Distúrbios circulatórios;
• Edema (inclusive anasarca);
• Umidade da roupa de cama;
• Abafamento do local;
• Desidratação;
• Falta de cuidados adequados;
• Imobilização do paciente;
• Infecção;
• Febre prolongada;
• Portadores de equipamentos como tração, gesso e outros.
Para aplicar as medidas de prevenção de úlceras decúbito, devem ser utilizados recursos materiais como travesseiros, redás de borracha, coxins e colchão de água.
Cuidados específicos na prevenção de úlceras de decúbito
a. Conserve a pele absolutamente limpa, seca e em boas condições, livre de substâncias irritantes como urina, suor, fezes e corrimentos vaginais ou uretrais.
b. Use fraldas descartáveis ou uripen para manter a higiene do paciente.
c. Faça lavagem externa sempre que o paciente evacuar ou urinar.
d. Incentive a ingestão freqüente e regular de líquidos.
e. Preste atenção especial aos pacientes com mamas ou abdome volumosos diminua a pressão sobre as superfícies da pele e mantendo o local sempre seco.
f. Mantenha constantemente a distribuição da pressão.
g. Faça mudanças de decúbito a cada 2 horas em pacientes que não puderem se mover.
h. Conserve a roupa de cama limpa, esticada e livre de migalhas.
i. Faça uso de colchão de água, rodas de borracha, coxins, travesseiros etc.
j. Estimule a circulação do sangue geral e local, por meio da movimentação passiva dos membros e da massagem de conforto, respectivamente.
k. Dispense atenção especial às costas e às áreas de pressão.
l. Movimente o paciente com cuidado.
m. Leve em consideração o conforto do paciente durante a execução de procedimentos (por exemplo, nunca manter o paciente sobre a comadre além do tempo necessário, pois a superfície metálica e dura favorece a formação de úlceras de pressão).
n. Observe a alimentação do paciente, para garantir a oferta de uma dieta equilibrada.
Observações importantes
• É necessária uma vigilância constante quanto a alterações na pele e à identificação de pacientes de alto risco;
• No caso de úlceras de pressão já instaladas, seguir rigorosamente as orientações médicas ou do enfermeiro em relação às conditas terapêuticas.

UNIDADE DE INTERNAÇÃO E UNIDADE DO PACIENTE/UNIDADE DE INTERNAÇÃO - E6N

Podemos dizer que a unidade de internação é o conjunto de elementos destinados à acomodação do paciente internado, que engloba facilidade adequada à prestação dos cuidados necessários a um bom atendimento. A unidade pode apresentar alterações de área física, dependendo da forma de agrupar pacientes (quatro / enfermaria), do tipo da complexidade e especialidades. Por exemplo: Unidade de Terapia Intensiva e berçário.
Essa unidade tem os seguintes objetivos: proporcionar ao paciente um ambiente adequado à sua rápida recuperação e oferecer à equipe de enfermagem condições para um bom desempenho de suas funções.
Cada hospital possui características próprias quanto à estrutura física e às rotinas de funcionamento; porém, existem elementos básicos que são comuns e indispensáveis a qualquer tipo de unidade de internação, listados a seguir:
• Quarto destinado à internação, com capacidade para 1 ou 2 leitos;
• Enfermaria destinada à internação, com capacidade para 3 a 6 leitos;
• Posto de enfermagem, destinado à execução de atividades técnicas específicas e administrativas;
• Rouparia destinada à guarda de roupa proveniente da lavanderia;
• Sala de utilidade ou expurgo: unidade destinada à limpeza, desinfecção e guarda dos utensílios utilizados na assistência ao cliente (comadre, papagaio);
• Copa destinada à distribuição dos alimentos e ao preparo eventual de pequenas refeições do paciente;
• Banheiro dos pacientes, que pode ser individual (quarto/enfermaria) ou coletivo (no corredor central da unidade);
• Banheiro de funcionários.
Dependendo da estrutura organizacional c/ ou da especialidade médica do hospital, a unidade de internação poderá ter as seguintes denominações: unidades de internação de clínica médica; clínica cirúrgica; unidade feminina ou masculina; unidade de tratamento intensivo; unidade de moléstias infecciosas etc.

Unidade do Paciente
A unidade individual do paciente consiste no espaço físico e no mobiliário necessário para sua acomodação durante a internação. Esse conjunto é composto por: cama hospitalar com colchão, mesa de refeição, mesa de cabeceira, suporte de soro escadinha, cadeira, ponto de oxigênio, ar comprimido, campainha, ponto de vácuo e luz de cabeceira.
Limpeza da Unidade do Paciente
É a técnica de limpeza e desinfecção do mobiliário e do material que compõe a unidade do paciente, visando proporcionar conforto, segurança e bem-estar ao paciente, diminuindo o risco de infecções pela diminuição dos microorganismos e das sujidades existentes no ambiente hospitalar.
Pode ser duas situações: limpeza diária ou limpeza concorrente e limpeza da unidade terminal. A limpeza imediata é a realizada imediatamente após intercorrência. A limpeza de manutenção ocorre entre a concorrente e o terminal.
Limpeza diária ou limpeza concorrente
Realizada diariamente após a arrumação da cama, consiste na limpeza de parte do mobiliário da unidade do paciente, observando os seguintes cuidados:
• Explique o procedimento ao paciente;
• Lave as mãos;
• Prepare o material: pano úmido para limpeza e luva de procedimento;
• Abra porta e janelas para renovar a ar ambiente;
• Calce as luvas;
• Passe o pano úmido na cabeceira e nos pés da cama;
• Limpe a mesa de refeição e mesa de cabeceira;
• Retire os objetos da mesa de refeição e proceda à limpeza;
• Recoloque os objetos nos seus devidos lugares;
• Retire as luvas e lave as mãos;
• Mantenha o material em ordem.
Limpeza de unidade terminal
Realizada após alta ou transferência do paciente e em situações como permanência prolongada do paciente na unidade e óbito. Consiste na limpeza de todo o mobiliário da unidade, incluindo teto, paredes e tudo que houver nelas e piso (é realizada pelo auxiliar de limpeza).
Procedimentos para limpeza de unidade
a. Lave as mãos.
b. Providencie o material necessário (jarro com água, bacia, balde, sabão, panos de limpeza e luvas).
c. Leve o material à unidade.
d. Abra porta e janelas para renovar o ar ambiente.
e. Desocupe a mesa de cabeceira.
f. Calce as luvas.
g. Retire a roupa suja e a coloque no hamper, evitando movimentos bruscos.
h. Coloque o material sobre a cabeceira.
i. Coloque a balde sobre a escadinha.
j. Limpe a mesa de cabeceira e a mesa de refeição por dentro e por fora.
k. Limpe um dos lados do travesseiro e coloque-o sobre a mesa de cabeceira (mantendo parte limpa sempre em contato com parte limpa).
l. Abra o impermeável sobre o colchão e limpe a parte exposta. Dobre o impermeável, limpe e coloque sobre o travesseiro (obedecendo ao princípio de parte limpa sempre em contato com parte limpa) e limpe o restante do impermeável (evitar sujar as partes limpas).
m. Limpe a parte superior e lateral do colchão, no sentido da cabeceira para os pés da cama; dobre-o e limpe a parte exposta.
n. Vire o colchão e limpe a outra metade.
o. Limpe a cabeceira da cama, o estrado.
p. Limpe as pernas da cama e o estrado.
q. Coloque o material de limpeza sobre a escadinha.
r. Limpe a cadeira e a escadinha (coloque a balde sobre o pano para limpar a escadinha).
s. Reposicione o mobiliário da unidade, recolha leve ao expurgo e retire a sujidade com água e sabão.
t. Lave o material e encaminhe a Central de Material de Esterilizado (seguindo a rotina do local).
u. Retire as luvas e lave as mãos.
v. Mantenha o material em ordem no local.
Observações importantes
• Realiza movimentos únicos e amplos, em um só sentido, do distal para o proximal, do mais limpo para o mais sujo;
• Troque a água sempre que necessário:
• Use a mecânica corporal.
Na maioria dos hospitais cujo serviço de higiene é terceirizado, é função do auxiliar de limpeza fazer a limpeza terminal nos casos de alta, transferência e óbito do paciente.
Arrumação de cama
É forma padronizada de distribuir e ordenar a roupa hospitalar, visando proporcionar conforto e segurança ao paciente, sendo essencial na manutenção e na recuperação da saúde.
Existem três tipos de arrumação de cama, de acordo com as finalidades: cama fechada, cama aberta e cama de operado.
Cama fechada
Feita após a limpeza terminal, para aguardar a chegada de um novo paciente.
Procedimentos para a arrumação de cama fechada:
a. Providencie o material necessário: 2 lençóis, 1 cobertor (optativo), 1 lençol móvel, 1 impermeável (optativo), 1 colcha, 1 travesseiro, 1 fronha e hamper;
b. Coloque a cadeira aos pés da cama e, sobre ela, o travesseiro e a fronha. A seguir, coloquem no espaldar da cadeira as roupas de cama, dobradas na ordem em que será usada, colcha, cobertor, sobre lençol ou lençol de cima (o que protege o paciente), lençol móvel, impermeável e lençol de baixo (o que protege o colchão).
c. Comece primeiro por um dos lados da cama.
d. Pegue o lençol de baixo, coloque-o no centro do colchão (fazendo corresponder à dobra central do lençol ao centro do colchão), ajeite-o e faça a dobra dos cantos, prendendo-o por baixo do colchão.
e. Estenda o impermeável e o lençol no centro da cama e prenda-os por baixo do colchão (as costuras e bainhas do lençol deverão ficar voltadas para os pés).
f. Coloque o sobre lençol de forma que o barrado fique rente à cabeceira da cama.
g. Coloque o cobertor (opcional) e a colcha mais ou menos 40 cm abaixo da cabeceira, prendendo-os juntamente com o sobre lençol aos pés da cama, por baixo do colchão, utilizando a dobra de canto. As laterais das três peças devem ficar soltas.
h. Coloque a fronha ao travesseiro, posicionando-o de encontro à cabeceira da cama (abertura da fronha deve ficar no sentido oposto à entrada do quarto ou da enfermaria).
i. Posicione a cadeira no sentido oposto à cabeceira.
j. Passe para o outro lado e proceda da mesma maneira, seguindo a seqüência da disposição das roupas de cama.
Cama aberta
Feita diariamente durante a permanência do paciente na unidade, utilizando o mesmo material da cama fechada. Entretanto, devemos considerar duas situações de arrumação de cama aberta: sem paciente ou com paciente.
• Sem paciente:
o Retire a roupa de cama usada e coloque-a no hamper.
o Coloque a roupa limpa na mesma seqüência utilizada para a cama fechada (pode-se aproveitar o mesmo impermeável).
o Proceda à arrumação de acordo com a técnica utilizada para a cama fechada, com uma diferença: faça uma dobra em diagonal com o lençol, o cobertor ou a colcha.
o Troque a fronha e mantenha o travesseiro sobre a cama.
• Com paciente acamado
o Solte a roupa da cama.
o Retire a colcha, coloque-a no hamper, retire o cobertor e disponha-o juntamente com as roupas de cama limpas no espaldar da cadeira, deixando o paciente somente com o sobre lençol.
o Peça a colaboração do paciente, orientando-o quanto às mudanças de posição necessárias para colocar as roupas. Vire-o para o lado oposto e á cadeira com as roupas de cama.
o Dobre as peças de roupa, deixando exposta a metade do colchão.
o Estenda as roupas limpas, seguindo a seqüência: o sobre lençol deve ficar na parte lateral da cama.
o Vire o paciente para o lado limpo, retirando o sobre lençol sujo e simultaneamente colocando o limpo (colocar o lençol sujo no hamper).
o Remova o lençol móvel e o lençol de baixo e coloque-os no hamper.
o Complete a arrumação da cama.
Cama de operado
Preparada para receber pacientes submetidos a cirurgia. Para arrumar a cama de operado, deve ser utilizado o mesmo material da cama fechada, acrescentando mais um lençol. A seqüência de passos é a seguinte:
a. Retire a roupa de cama usada e coloque-a no hamper.
b. Dobre a roupa de cama usada e coloque-a no espaldar da cadeira na ordem de uso.
c. Coloque o lençol de baixo, o impermeável e o lençol móvel, de acordo com a técnica de cama fechada.
d. Coloque o lençol sobre o cobertor e a colcha, que devem ficar soltos. A parte da cabeceira e a dos pés da cama deverá ser dobrada, e a parte lateral deverá ser enrolada.
e. Dobre o lençol extra em forma de leque e coloque na cabeceira (para proteção do lençol de baixo no caso de vômito ou salivação excessiva).
f. Coloque o travesseiro verticalmente aos pés da cama ou sobre a cadeira.
Observações importantes
• Evitar o contato das roupas de cama com o uniforme e o mobiliário.
• Não arrastar nem colocar as roupas de cama no chão;
• Não sacudir as roupas de cama;
• Não alisá-las, e sim ajeitá-las pelas pontas;
• Em dias de frio, manter o paciente aquecido com a colcha e/ou o cobertor;
• Quando houver necessidade de dar nó no lençol de baixo, não esquecer de desfazê-lo quando retirar o lençol da cama;

TÉCNICA DE LAVAGEM DAS MÃOS - E6N

A lavagem das mãos é uma medida de assepsia médica considerada muito eficaz: sua ação química e mecânica pode trazer resultados como:
• Remoção dos microorganismos transitórios existentes na pele das mãos;
• Remoção de sujeira, matéria orgânica, substâncias químicas ou medicamentosas:
• Controle das doenças infecciosas, por diminuir a infecção cruzada;
• Proteção dos próprios profissionais.
A lavagem das mãos sempre deve ocorrer:
• Antes da prestação de cuidados de enfermagem e na manipulação de medicamentos e alimentos;
• Antes da manipulação de material estéril ou para colocar as luvas;
• Quando houver sujeiras nas mãos após o contato com materiais ou superfícies contaminadas;
• Antes e depois de ir aos sanitários e antes de comer;
• Entre o cuidado de um paciente e outro.
O material para executar a técnica é água corrente, sabão líquido e papel-toalha.

Execução da técnica:
a. Abra a torneira e molhe as mãos sem encostar-se na pia.
b. Acione o dispositivo de sabão, colocando nas mãos a quantidade necessária.
c. Ensaboe as mãos, friccionando-as e mantendo-as para cima, na posição vertical.
d. Friccione sua parte dorsal, os espaços interdigitais e os dedos polegares.
e. Limpe debaixo das unhas, se necessário, com escova apropriada ou limpe cada unha com a unha da outra mão.
f. Lave os punhos e dê atenção especial aos locais onde os microorganismos se escondem (como embaixo e em volta das unhas e nas pregas dos dedos).
g. Lave por pelo menos 10 segundos.
h. Com as pontas dos dedos mais baixas que os punhos, enxágüe bem as mãos em água corrente, sem encostar-se na pia.
i. Seque as mãos com papel-toalha.
j. Feche a torneira com o mesmo papel-toalha utilizado para enxaguar as mãos e, em seguida, despreze-o no cesto de lixo.

Uso de luvas
O ato de calçar luvas tem por finalidade diminuir a possibilidade de propagação de agentes infecciosos aos doentes e de o profissional contaminar-se com produtos orgânicos.
As luvas utilizadas na enfermagem têm duas funções:
• Luvas de procedimento: usadas para auto-proteção na manipulação de material contaminado e/ou áreas de pele e mucosas infeccionadas do paciente.
• Luvas esterilizadas: usadas para realizar os cuidados de enfermagem que necessitam de técnica asséptica, como sondagens vesicais, curativos, aspiração de secreção traqueal etc.

Procedimentos para calçar e retirar as luvas
a. Retire anéis e pulseiras.
b. Lave as mãos.
c. Abra o pacote de luvas de modo que os punhos fiquem voltados para a pessoa que vão calçá-las e entalar as mãos, se necessário, fora da área do campo esterilizado.
d. Com a mão direita, levante a face superior direita do envelope.
e. Com a mão esquerda, retire a luva direita, segurando-a pela dobra do punho.
f. Calce a luva na mão direita, atentando para não contaminar sua parte externa.
g. Com a mão esquerda, levante a parte superior esquerda do envelope.
h. Com a mão direita enluvada, introduza os quatro dedos sob a dobra do punho da luva esquerda e retire-a do envelope.
i. Calce a luva na mão esquerda, atentando para não contaminar a mão enluvada.
j. Ajeite as luvas externamente com as mãos enluvadas.

Para retirar as luvas, os procedimentos são os seguintes:
• Com a mão direita, segure o lado externo do punho da luva da mão esquerda e puxe-o, deixando a luva do avesso;
• Com a mão esquerda, segure o lado interno do punho da luva da mão direita e puxe-o, deixando a luva do avesso.

Assepsia - E6N

O grande número de pacientes que contraem infecções durante sua permanência no hospital é extremamente preocupante para os profissionais de saúde. A enfermagem, em especial, tem condições de reduzi-las por meio da utilização de medidas preventivas como a assepsia. Segundo o Ministério da Saúde, “assepsia é processo pelo qual se consegue afastar os germes patogênicos de determinado local ou objetivo”. Portanto, para diminuir os riscos de uma infecção é fundamental a aplicação das técnicas da assepsia médica e cirúrgica por todos os que atuam no ambiente hospitalar.

Assepsia cirúrgica
Consiste no procedimento e no manuseio do material, de modo a evitar o contato do paciente com qualquer organismo vivo. Na assepsia cirúrgica, o material deverá ser esterilizado, ou seja, deverá haver a destruição de todas as formas de microorganismos.
Como o material cirúrgico é estéril, isento de microorganismo, devemos tomar os seguintes cuidados em seu manuseio:
Lavar as mãos antes de pegá-lo
Não falar, tossir ou espirrar próximo a ele.
Examinar com cuidado se o pacote apresenta buracos, manchas ou umidade: se houver qualquer dúvida quanto à integridade do material, despreze-o.
Verificar a data da esterilização e a data de validade.
Guardar os pacotes em armários próprios, limpos e longe de poeira e insetos.
Abrir os pacotes utilizando a técnica correta.
Trabalhar sempre de frente para o campo esterilizado (não se vire de lado ou de costas).
Manter o material esterilizado sempre acima do nível da cintura ou do nível da mesa.
Não atravessar nada por cima do campo esterilizado nem fazer movimentos bruscos ao redor dele.
Nunca tocar em um material ou campo esterilizado com objetos não esterilizados.
Assepsia Médica
Consiste na utilização de técnicas que visam à redução de microorganismos patogênicos e à diminuição do risco de transmissão de pessoa a pessoa. É utilizada em qualquer atividade que envolva o paciente e o meio ambiente, por meio de procedimentos como:
Lavar as mãos freqüentemente.
Limpar as superfícies com desinfetantes, para reduzir o número de microorganismos.
Usar anti-sépticos na pele para aplicar injeções.
Esterilizar bacias e jarras para uso de diferentes pacientes.
Isolar pacientes com moléstias infecciosas.
Não sentar na cama dos pacientes.
Não colocar materiais diretamente no chão.
Limpar concorrente e terminal etc.
Métodos de esterilização:
AUTOCLAVE: esteriliza pelo vapor saturado sob pressão, destruindo todas as formas de microorganismos. É eficaz pelo alto poder de penetração, levando consigo o calor.
Validade: sete dias.
ESTUFA: esterilização pelo calor seco. A destruição bacteriana se dá pela oxidação celular.
ÓXIDO DE ETILENO: é um gás incolor a temperatura ambiente, cujo ponto de congelamento é – (menos) 111,3 graus e de ebulição é 10,7 graus. Seu odor é semelhante ao éter. Validade: 2 ou 3 anos dependendo do fabricante.

MANUSEIO DE MATERIAIS ESTÉREIS
ESTERILIZAÇÃO
É um processo físico ou químico, através do qual são destruídas todas as formas microbianas, inclusive os esporos bacterianos.
Principais tipos de invólucros:
Tecido de algodão cru, duplo (trama de 56 fios por cm);
Embalagem de papel grau cirúrgico;
Embalagem de papel crepado (celulose tramada);
Caixas metálicas (aço inox);
Container rígido (aço inoxidável).

Técnica para abrir um pacote grande estéril:
Lavar as mãos;
Colocar o pacote sobre a superfície limpa e seca;
Posicionar o pacote de modo que a dobra de cima do invólucro fique de frente para você. Retire a fita adesiva para autoclave termossensível.
Puxar a dobra de cima do pacote, abríndo-o de modo que a ponta se abra. Mantenha seu braço fora das bordas externas do pacote aberto.
Abrir as dobras laterais uma de cada vez.
Abrir a dobra mais próxima de você por último.
O interior do invólucro é considerado estéril, podendo ser usado com base de campo esterilizado.
Técnica para abrir um pacote pequeno estéril
Repetir a técnica anteriormente descrita, com a diferença de não colocar o pacote estéril sobre a mesa e sim abrí-lo nas mãos.
Técnica para abertura de material (pontas fixadas com adesivos):
Lavar as mãos;
Segurar o pacote afastado do campo, solte as pontas fixadas com adesivo;
Afastar as pontas do invólucro, próximo ao conteúdo do pacote;
Abrir as duas faces das pontas com as duas mãos, tendo o cuidado de não contaminar a face interna do invólucro.

ATENÇÃO!!!
NÃO utilizar materiais com invólucros:
UMEDECIDOS;
PRAZO DE VALIDADE VENCIDO;
ABERTOS;
RASGADOS.

Precauções Universais ou Precauções padrão
Pela natureza de suas funções, o profissional de saúde corre mais riscos de contrair doenças infecciosas, chamados riscos profissional. As doenças mais graves são as transmitidas pelo sangue e por fluídos orgânicos. São elas: hepatite B, hepatite C e infecção por HIV.
Para reduzir os riscos profissionais, é necessário o uso de precauções ou medidas que proporcionam maior segurança no manuseio de sangue e de outros fluídos orgânicos.
As precauções universais determinadas pelo Ministério da Saúde são:
Lavagem das mãos, antes e após qualquer contato com secreções do doente e após a remoção das luvas.
Uso de luvas para contatos com líquidos corporais, mucosas, pele não integra e para venopunção.
Uso de aventais, máscaras e óculos de proteção para procedimentos em que sangue ou líquidos corporais possam ser espirrados.
Agulhas e instrumentos cortantes devem ser colocados em recipientes sólidos e resistentes.
Não reencapar, dobrar ou quebrar as agulhas utilizadas.
Não remover as agulhas das seringas.
Evitar deixar o material contaminado exposto no meio ambiente.
Amostras para laboratório devem ser enviadas dentro de sacos plásticos transparentes.
Sangue e fluídos derramados no ambiente devem ser limpos com hipoclorito de sódio a 1 %.
Se a higiene do paciente for precária ou se houver possibilidade de contaminação do ambiente com sangue ou secreções, deve-se colocá-lo em quarto privativo.
Os equipamentos reutilizáveis não devem ser usados em outros pacientes antes de serem limpos, desinfetados e esterilizados.
Atenção: Como descartar o material perfurante:
Nunca reencapar a agulha após o uso.
Nunca separar a agulha da seringa.
Nunca jogar seringas no lixo comum.

Materiais cortantes (agulhas, escalpes, lâminas) devem ser descartados em recipiente adequado, rígido, resistente e impermeável.
Uma das técnicas fundamentais para evitar a propagação de microorganismos patogênicos de um indivíduo para outro é a técnica de lavagem das mãos, atividade que deve tornar-se um hábito para o profissional de enfermagem.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Turma E6N - AULA DO DIA 26/01/2010

TRICOTOMIA 

É a remoção dos pêlos por raspagem da pele ou do couro cabeludo, com a finalidade de preparar a área para uma cirurgia, exame ou venóclise em áreas de densa pilosidade.

 A remoção dos pêlos tem por objetivo facilitar a manipulação e a visualização da área a ser trabalhada, reduzindo o risco de infecções.
Finalidades:
Obter uma área limpa para determinados procedimentos.
Facilitar o acesso cirúrgico.
Permitir a fixação de curativos, drenos, cateteres e sondas sem tracionar os pêlos.
Áreas de Tricotomia
Craniana: todo o couro cabeludo e a nuca;
Pescoço: pescoço desde a linha do queixo até o colo, mamilos e axilas, prolongando até parte posterior do pescoço e ombros;
Torácica: da região torácica até a cicatriz umbilical (região anterior e parte posterior); conforme a cirurgia, incluir axilas e região inguinal;
Abdominal: da linha mamilar até a parte superior das coxas, incluindo o púbis;
Regiões vulvar, perineal e perianal: desde a região abdominal até o terço superior da coxa, incluindo a região vulvar;
Membros superiores: desde a ponta dos dedos até a linha cervical (linha dos cabelos), incluindo axilas até a crista ilíaca;
Membros inferiores: desde os artelhos até a região umbilical, incluindo as regiões anteriores e posteriores.

MATERIAL:
  • Bandeja contendo:
  • Cuba-rim.
  • Recipiente com água (jarra).
  • Luvas de procedimento.
  • Aparelho de barbear (lâmina nova ou descartável)
  • Sabão líquido
  • Gaze.
  • Forro para proteger a cama.
  • Biombo (se necessário).
  • Lâmpada auxiliar (se necessário).
  • Saco plástico para resíduos.
PROCEDIMENTO:
- Explicar ao cliente o que vai ser feito.
- Preparar o ambiente:
       Colocar o biombo (S/N).
       Posicionar a lâmpada auxiliar (S/N).
- Lavar as mãos.
- Reunir e abrir o material para junto do cliente.
- Fixar o saco plástico em local de fácil acesso.
- Descobrir a área a ser tricotomizada.
- Calçar as luvas.
- Com o auxílio de gaze, passar o sabão líquido na área determinada.
 Procedimentos para Realização de Tricotomia
Providencie o seguinte material; aparelho de barbear e/ou barbeador elétrico, lâminas, pinça tipo Kocher, biombo, tesoura, toalha, gazes, papel higiênico, recipiente com água quente, recipiente para lixo, recipiente com sabão líquido e luvas de procedimento.
Verifique a indicação e a área a ser tricotomizada.
Lave as mãos e leve o material para junto do paciente.
Oriente o paciente sobre o procedimento, coloque-o em posição confortável e adequada à execução da técnica.
 Calce as luvas.
Exponha a área a ser tricotomizada e inspecione a pele:
Se a área permitir, utilize o barbeador elétrico;
Se houver solução de continuidade, comunique para verificar se o procedimento deve ser realmente executado.
Forre a cama com a toalha.
Monte o aparelho de barbear.
Corte os pelos com a tesoura, se necessário.
Retire os pêlos soltos com o papel higiênico.
Dobre duas gazes e fixe-as na extremidade da pinça; passe-as na solução de sabão líquido e ensaboe a pele; despreze as gazes.
Estique a pele e raspe no sentido de crescimento dos pêlos.
Atenção para não cortar a pele do paciente.
Mantenha a pele ensaboada, lave o aparelho com freqüência e substitua as lâminas quando necessário.
Remova os pêlos soltos com as gazes, lave e enxágüe a pele com água morna.
Revise a área tricotomizada e refaça a raspagem nos pontos necessários.
Enxugue a pele e proteja a região.
Se a condição do paciente permitir, encaminhe para o banho de chuveiro.
Deixe o paciente confortável e o ambiente em ordem.
Despreze a lâmina no recipiente de material perfurocortante.
Lave as mãos.
Proceda à anotação de enfermagem, relatando o procedimento realizado e a área.
OBSERVAÇÕES:
Em áreas de grande pilosidade, pode-se cortar com uma tesoura o excesso de pêlo antes de iniciar a tricotomia.
Se a área for grande, molhar pequenas porções de cada vez.
A área a ser tricotomizada deve ser a estritamente necessária.
Tricotomia facial (barba e bigode).


sábado, 23 de janeiro de 2010

Cursos técncicos e de capacitação

  O IEGRAN - Instituto Educacional da Grande Dourados, é uma escola de educação profissional e técnica, presente em Dourados desde 13 de outubro de 2006, data da ata de criação desta unidade, onde iniciou sua atividade de busca de instrumentos e pessoas que estivessem dispostas a por em prática os ideais propostos por seus criadores, a pedagoga e professora Antonia Lima Sversut e o empresário Kennedy Cinti,  foram os responsáveis por plantar a semente desta instituição que tem prosperado junto com as características progressistas do município de Dourados e sua região circunvizinha.


         É um grupo que está em  São Paulo a mais de 40 anos atuando no mercado como facilitador de processos de gestão empresarial, ministrando treinamentos nas áreas de Qualidade e Segurança Alimentar, cursos especificos nos processos produtivos de Áçucar e Álcool, Saúde e Segurança do Trabalho e Desenvolvimento Pessoal. Nossa metodologia de ensino-aprendizagem se baseia nas melhores refêrencias técnicas e acadêmicas.


        Todos os cursos técnicos profissionalizantes e os programas de capacitação ministrados pelo IEGRAN são registrados e autorizados pelo MEC, enquadrados nas categorias de educação profissional técnica  e continuada, dentro da modalidade de ensino presencial.
        Além dos treinamentos, trabalhamos também com a elaboração e renovação de todos os programas de  saúde e segurança do trabalho, exigidos pelo Ministerio do Trabalho e Emprego, através de suas Normas Regulamentadoras.


         Nossa equipe é multidisciplinar, formada por profissionais de todos os segmentos instalados em nossa região, capazes de desenvolver treinamentos personalizados de acordo com as suas necessidades ou de sua empresa.


         Baseado em ideais éticos e atitudes educacionais, ampliamos nosso portfólio para além das propostas iniciais de educação profissional técnica, tendo como missão: "Contribuir com a capacitação profissional de nossa comunidade, apoiada em ideais de formação, reciclagem e fortalecimento das relações de trabalho, com qualidade e ética profissional, dando condições aos cidadãos de participar ativamente do processo de desenvolvimento econômico regional", estamos nos colocando sempre a frente no trabalho de melhorar a qualidade na prestação de serviços educacionais, contribuindo sempre com a melhoria das relações de trabalho.

Nossa Missão


"Contribuir com a capacitação profissional de nossa comunidade, apoiada em ideais de formação, reciclagem e fortalecimento das relações de trabalho, com qualidade e etica profissional, dando condições aos cidadãos de participar ativamente do processo de desenvolvimento economico regional"

30 Horas Agora


COFEN COLHE ASSINATURAS DE APOIO ÀS 30 HORAS DE JORNADA DE TRABALHO


Esta campanha é pela aprovação do Projeto de Lei 2295/2000 que regulamenta a Jornada dos Profissionais de Enfermagem e que humaniza nosso trabalho.

O desgaste de lidar com sofrimento, angústia e morte requer condições especiais de trabalho a esses profissionais da Saúde.

A Organização Internacional do Trabalho (OIT), órgão da ONU, argumenta que a jornada de 30 horas é melhor para pacientes, usuários e trabalhadores em saúde do mundo inteiro. 
Faremos um ato público em Brasília, quando entregaremos o abaixo-assinado e contamos com você.

fonte:http://www.portalcofen.gov.br/2007/materias.asp?ArticleID=7889&sectionID=38

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